No palco da paixão, entre cortinas de ilusão, Dança a sombra de um amor em desatino. Promessas eram estrelas a brilhar no céu da emoção, Mas o destino teceu um enredo clandestino.
Os olhos, outrora poesia, agora refletem tristeza, Como um céu estrelado perdido na tempestade. O coração, outrora um jardim em plena beleza, Agora é solo árido, semeado pela desigualdade.
No crepúsculo do afeto, a luz da esperança se apaga, Palavras que eram melodias tornaram-se silêncio. A promessa de eternidade, qual miragem que deságua, Desfez-se em lágrimas, como um trágico suspense.
Cada beijo era um verso, cada abraço uma estrofe, Mas o poema do amor desmoronou, desfeito em dor. A desilusão é uma tempestade que a alma devora, Deixando cicatrizes, vestígios de um ardor.
No caderno do coração, há páginas manchadas, Palavras de adeus escritas com a tinta da saudade. A desilusão, como uma ferida que não cicatriza, Deixa marcas profundas na pele da intimidade.
Então, o amante desiludido se ergue das cinzas, Como uma fênix renascida, aprendendo a voar. No firmamento da cura, entre estrelas infindas, Descobre a força de recomeçar, de se recriar.
Pois na trama da vida, a desilusão é uma costura, Que une fragmentos e tece novos horizontes. E o coração, mesmo após a mais profunda amargura, Encontra a poesia da renovação nos seus montes e torna-se uma infinita canção.