Nas vielas sombrias onde a noite conspira, Os venenos se escondem, a trama se inspira. Entre paredes cinzentas, um segredo perdido, O vício dança, um mistério retorcido.
Nas ruelas escuras, sob o manto da lua, Os tóxicos tramam em uma dança nua. Suas risadas são ecos, um sussurro furtivo, Onde a adição tece um destino cativo.
O veneno se disfarça em sorrisos dissimulados, Entre lágrimas perdidas e sonhos naufragados. As palavras, como serpentes, sibilam baixinho, Enlaçando almas num tormento mesquinho.
A vizinhança, palco de sombras em movimento, Onde a vida é peão em um jogo violento. As máscaras, disfarces do mal que se esconde, E o silêncio, cúmplice, perpetua a ressonância.
Contudo, em meio às trevas, uma luz persiste, Uma esperança que não se esquece, que resiste. Pois nos corações marcados pelo vício sedutor, A redenção é a melodia, é o verdadeiro fulgor.
Quebrar as correntes que prendem a alma, Desvencilhar-se do abraço que a desarma. Os tóxicos podem estar próximos, ao lado, Mas a força para renascer é o caminho ousado.
Na vizinhança sombria, entre o vício que se abriga, A batalha pela luz é uma eterna briga. Mesmo entre os tóxicos que moram ao lado, Há a chance de um recomeço, jamais negado.