Na sombra de um coração entristecido, O depressivo carrega um fardo esquecido. Entre névoas de tristeza, vagueia a alma, Um poema de melancolia, uma trama que embalsama.
No peito, um eco, como um sussurro mudo, A dor, uma canção que se entrelaça no escudo. Pinturas sombrias adornam a mente, Um quadro de desalento, incessante e latente.
O sol se esconde por trás de nuvens de desespero, E a chuva é lágrima, o pranto verdadeiro. Caminha pelas estradas da desolação, O depressivo, em busca de redenção.
As cores do mundo, desbotadas e frias, Refletem a paleta dos dias vazios. Cada sorriso é uma estrela que se apaga, No firmamento da tristeza, a esperança deságua.
Na dança silenciosa da solidão, O depressivo busca uma conexão. Mas as correntes da melancolia são fortes, Um labirinto de emoções, como sombras em portas.
No silêncio, uma sinfonia de silhuetas, Os sentimentos, notas tristes e incompletas. A depressão, uma tempestade sem aviso, Uma batalha interna, um conflito impreciso.
Então, que a compaixão seja a luz na escuridão, A empatia, um abraço para o coração. Que a poesia da cura, como uma flor que brota, Desabroche nos dias em que a alma se aflita.
Que o depressivo, como um pássaro ferido, Encontre as asas da esperança, redescobrindo. Pois em cada verso triste, há a semente da superação, E na poesia da vida, há a força da transformação.