Desde os primeiros raios de sol que acariciaram minha infância, uma melodia mágica se entrelaçou com os fios do meu ser. Como uma brisa suave, a música sussurrou segredos ao meu coração, criando laços etéreos que resistiriam ao teste do tempo.
Na inocência dos primeiros anos, os sons eram como encantamentos, notas que dançavam ao redor de minha mente curiosa. Cada acorde, uma descoberta; cada ritmo, uma batida no compasso do meu próprio crescimento. No balanço do balanço da infância, a música foi minha companheira silenciosa, uma confidente que entendia antes mesmo de eu aprender a articular palavras.
À medida que os anos avançavam, a trilha sonora da minha vida ganhava complexidade. Canções se tornaram os capítulos de uma história em constante evolução, tocando nos momentos de alegria, envolvendo-me nos dias de melancolia. Cada gênero, um universo único a explorar; cada letra, um espelho refletindo emoções que às vezes eu não sabia expressar.
A música era mais do que sons; era um portal para outras dimensões, um refúgio nas sinfonias dos desafios. Na adolescência, os acordes rebelavam-se em harmonias de rebeldia, enquanto as letras tornavam-se poesias de desejos e desilusões. O quarto era um palco, e eu, o protagonista em um espetáculo íntimo de autodescoberta.
E à medida que os primeiros acordes de amores e despedidas ecoavam em minha jornada, a música foi minha confidente, minha terapia. Ela traduzia o indizível, pintava com cores invisíveis os sentimentos que pareciam inexprimíveis. Cada nota era um bálsamo, um abraço invisível que confortava nas horas solitárias.
Hoje, na maturidade da minha relação com a música, percebo que ela é mais do que uma trilha sonora; é um elo entre o passado e o presente, uma ponte que une quem fui com quem sou. A cada melodia, sinto a nostalgia da infância e a promessa de futuros acordes a serem descobertos.
Assim, a música permanece como a linguagem universal do meu coração, uma amiga leal que cresceu comigo, enriquecendo cada momento da minha jornada. Pois amar a música desde a infância é trazer consigo uma sinfonia de memórias, uma canção que transcende o tempo e ressoa eternamente na alma.