Nas costas, o peso do mundo se ajeita, Como Atlas, sustento um fardo que aperta. Montanhas de preocupações sobre mim, Cada pedra, uma história, um destino sem fim.
Os suspiros, como ventos que me empurram, Carrego vidas, sonhos, dores que turvam. O mundo nas costas, como um manto pesado, Um fardo compartilhado, um destino traçado.
Cada lágrima derramada, um oceano a cruzar, Nos ombros, a carga de quem precisa caminhar. Ouço o clamor das almas, sussurros ao vento, Carregando o mundo, em silêncio, meu intento.
Mas há momentos em que a espinha verga, A dor e o cansaço se misturam na entrega. As estrelas testemunham, silenciosas, meu fardo, Enquanto as lágrimas caem no meu guardado.
Mas ergo-me, como um titã resistente, Com a força de quem é solidário e paciente. Nas costas, o mundo, uma carga divina, A esperança, uma luz que nunca declina.
Assim, carrego o peso, como um guardião, De corações, histórias, na vastidão. O mundo nas costas, mas não estou só, Pois somos todos Atlas, juntos, no mesmo pó.
Mensagem do Autor: Para cuidar do outro retenha primeiro o cuidado sobre si.